Uma pesquisa global recente descobriu que há uma preocupação crescente com a saúde mental; 45% identificam a saúde mental como a maior preocupação com a saúde. No entanto, em média, os países gastam apenas 2% de seus orçamentos de saúde em saúde mental. Para lidar com essa situação, precisamos reconhecer que os transtornos mentais não são meramente uma questão biológica, a ser tratada com produtos farmacêuticos: eles também são criados e exacerbados por estruturas sociais. Para curar nossa humanidade quebrada, precisamos, portanto, reconstruir nossas sociedades.
Este é um teste
Fotografando a miséria e as revoltas populares contra ela
Nosso boletim de setembro apresenta a poderosa fotografia de Sunil Janah, documentando a opressão colonial e as lutas socialistas para inspirar a mobilização em massa na Índia
A fotografia de Sunil Janah, apresentada no Boletim de Arte de setembro, capturou as lutas da Índia contra o colonialismo e a ascensão do socialismo. Membro comprometido do Partido Comunista, Janah documentou a Fome de Bengala, revoltas anticoloniais e esforços pós-independência. Suas imagens transcenderam as barreiras da alfabetização para mobilizar as massas e enfatizar tanto o “escuro” da brutalidade colonial quanto o “brilhante” das revoltas camponesas, refletindo o poder transformador da resistência cultural. A fotografia de Janah continua a inspirar a luta por justiça social e igualdade hoje.
Este dossiê cataloga a imensa produção cultural da luta armada de Telangana (Índia) e como ela inspirou o povo a participar de ciclos de protesto contra o colonialismo, a monarquia e o latifúndio, partindo da ideia de que arte e cultura são ambas produzidas pela luta de classes e, por sua vez, também produzem a luta de classes. Em uma sociedade que foi impedida de ser totalmente alfabetizada, a narrativa e as canções desempenharam um papel fundamental na construção de confiança e organização.
BRICS e a desdolarização: desafios e oportunidades
Esta edição examina o papel hegemónico do dólar americano na ordem económica internacional e os esforços para criar uma alternativa, com especial destaque para os BRICS.
Esta edição internacional da Wenhua Zongheng (文化纵横) explora o tema amplamente debatido da desdolarização. Os artigos examinam o estatuto hegemônico do dólar americano na ordem econômica internacional, os esforços em todo o Sul Global para desenvolver alternativas e o papel dos BRICS neste processo.
Hiperimperialismo: um novo estágio decadente perigoso
Nosso último estudo analisa como o declínio da hegemonia do Norte Global mudou o cenário geopolítico e abriu novas possibilidades para o Sul Global.
Nosso último estudo analisa como o declínio da hegemonia do Norte Global mudou o cenário geopolítico e abriu novas possibilidades para o Sul Global.
Este dossiê traz um panorama geral sobre a política, a economia e o debate cultural da extrema direita na América Latina, e como a ausência de um horizonte de futuro de melhores condições de vida tem jogado diferentes frações da classe trabalhadora no colo do neofascismo.
Desvinculação e multipolaridade: como restabelecer o debate sobre desenvolvimento na América Latina?
Com o objetivo de colaborar com o debate sobre a necessária desvinculação do ciclo capitalista e as possibilidades que se abrem para os projetos de desenvolvimento regionais na América Latina e Caribe na atual crise do capitalismo global, este dossiê se propõe a reinstalar e repensar as categorias de desenvolvimento e dependência em tempos em que os conceitos se matizam e a rebeldia e a radicalidade são cedidas à direita.
A República Democrática do Congo possui enormes riquezas minerais, como cobalto, lítio e coltan, essenciais para a tecnologia moderna. Apesar disso, o povo congolês sofre de pobreza extrema. Os conflitos históricos e contínuos, impulsionados pelos interesses capitalistas globais, desestabilizaram a região. Este dossiê destaca a luta por soberania e dignidade, trazendo as palavras de jovens ativistas congoleses que identificaram oito categorias que são fundamentais para construir o caminho para a liberdade.
Este dossiê analisa a forma como a Nova Guerra Fria liderada pelos EUA contra a China está desestabilizando o Nordeste da Ásia com base em conflitos históricos da região. O pacto de “cooperação trilateral em segurança” assinado em 2023 pelos EUA, Japão e Coreia do Sul é uma escalada significativa da estratégia de contenção de Washington que aumenta as tensões na Península Coreana e no Estreito de Taiwan. Para construir uma paz duradoura na Ásia-Pacífico, é necessário fortalecer o movimento regional pela paz, desfazer a militarização dos EUA e superar os legados contínuos do colonialismo.
Este dossiê tenta compreender como as contradições da luta pela terra no Brasil permitiram gerar um dos maiores movimentos populares de camponeses do mundo, o MST. O documento faz um raio-x do Movimento Sem Terra e analisa as formas de organização e de luta no marco de seus 40 anos de existência.
Este dossiê analisa a história e o trabalho inacabado da libertação das mulheres na República Democrática Alemã (RDA). A vida das mulheres melhorou enormemente durante os quarenta anos de existência da RDA em áreas como a autodeterminação, direitos reprodutivos e acesso a cuidados infantis e de saúde de qualidade e a preços acessíveis. A participação das mulheres no processo de produção desempenhou um papel crucial na concretização destes direitos, com o local de trabalho socialista ancorando essas transformações. Apesar das condições menos favoráveis que se seguiram à dissolução da RDA em 1990, esse processo continua no presente e oferece lições valiosas para as lutas contemporâneas.
O Movimento da Ciência Popular em Karnataka (Índia), está revolucionando a educação e cultivando a aprendizagem científica entre as crianças. Por meio de escolas de bairro e dos festivais Alegria em Aprender, organizados pela Bharat Gyan Vigyan Samiti (Associação Indiana para o Conhecimento Científico), o movimento emprega aprendizagem criativa, inclusiva e prática para promover o pensamento crítico e enfrentar divisões e hierarquias profundamente enraizadas na sociedade indiana. O Movimento da Ciência Popular é único na medida em que opera nas brechas do fracasso do capitalismo, diferenciando-o de outras organizações classistas que, por definição, confrontam o capital com força total.
Estão ocorrendo mudanças tectónicas no mundo, aceleradas pela guerra na Ucrânia e pela rápida escalada do genocídio na Palestina. Essas mudanças são moldadas, por um lado, pela perda de poder econômico do Norte Global, juntamente com a sua crescente militarização e, por outro, pela crescente exigência política do Sul Global por soberania e desenvolvimento econômico. Para compreender essas mudanças e a perplexidade do Norte Global diante do novo clima no Sul Global, o Instituto Tricontinental de Pesquisa Social produziu o dossiê n. 72, A agitação da ordem global, baseado em pesquisas originais realizadas com Global South Insights.
Este dossiê discute a luta contra o apartheid na África do Sul, destacando o papel do Medu Art Ensemble (1979-1985) na mobilização dos trabalhadores culturais e do povo dentro e fora da África do Sul. A história, a teoria e as práticas artísticas e culturais desse período fazem parte da tradição das lutas pela libertação nacional e pelo socialismo em todo o Terceiro Mundo e continuam a ser relevantes para os trabalhadores culturais envolvidos nas lutas políticas hoje.
O quinto estudo da série Mulheres de luta, mulheres na luta traz para discussão a vida e as lutas políticas de Josie Mpama (1903–1979), uma líder na resistência contra a opressão colonial e o sistema de apartheid na África do Sul. Como figura central no Partido Comunista da África do Sul e na sociedade em geral, Josie nos ensina sobre a importância da base e da organização de massa. Como tantas mulheres envolvidas na política radical, particularmente no Sul Global, as extraordinárias contribuições políticas e perspicácia teórica de Josie foram negligenciadas e amplamente excluídas do registro histórico dominante.
Mudanças globais significativas surgiram desde a Grande Crise Financeira de 2008. Isso pode ser visto em uma nova fase do imperialismo e nas particularidades de oito contradições, resumidas em nosso último texto.
Esta publicação feita em parceria entre o Instituto Tricontinental e Alba Movimentos, inicia um caminho para recuperar a história de lutas, resistências, insurreições, e sonhos revolucionários que foram liderados por mulheres e pessoas LGBTQ+ em toda a região em diferentes épocas para encontrar as sementes dos feminismos populares latino-americanos que existem hoje. Selecionadas e produzidas por militantes feministas populares na América Latina e no Caribe, essas histórias continuam a nos inspirar até hoje.
Apesar de existir por apenas 40 anos, a República Democrática Alemã (RDA) foi capaz de construir um sistema de saúde fundamentalmente diferente que garantiu uma melhoria contínua da saúde da população. A RDA baseou-se em tradições médicas progressistas e relações de propriedade socialistas para eliminar o lucro da medicina e construir um sistema de saúde unitário que operasse em todos os setores da sociedade, desde bairros urbanos e vilas rurais até locais de trabalho e escolas.
Catástrofes de um tipo ou de outro irradiam da Ucrânia, incluindo uma inflação galopante e fora de controle. Áreas do mundo que não são parte direta do conflito estão sendo duramente atingidas por crescentes pressões econômicas, com a agitação política como consequência inevitável. Nesse contexto, o Peace and Justice Project, instituto de pesquisa liderado por Jeremy Corbyn, juntou-se ao Instituto Tricontinentalde Pesquisa Social e dois parceiros de mídia, Globetrotter e Morning Star, para produzir uma série de reflexões sobre o desdobramento dos conflitos em relação à conceitos de não-alinhamento e paz.
Estamos testemunhando uma perigosa escalada política, econômica e militar dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais contra a Rússia e a China. Washington procura impedir um processo histórico que parece inevitável, o processo de integração eurasiana, uma ameaça à primazia das elites euro-atlânticas. Para garantir a hegemonia global, os Estados Unidos estão comprometidos com a busca da primazia nuclear global e estão dispostos a usar qualquer meio para “enfraquecer” tanto a Rússia quanto a China – mesmo correndo o risco de destruir o planeta.
Este estudo explora como o Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde construiu um novo sistema de ensino durante a luta pela libertação nacional.
A lutadora popular equatoriana Nela Martínez (1912-2004) foi fundamental nas lutas da classe trabalhadora e das mulheres. Militante comunista e internacionalista, participou na formação da Federação Equatoriana de Índios e teve um papel central na insurreição A Gloriosa (1944). Membro do Comitê Central do Partido Comunista do Equador, liderou a criação de organizações de mulheres como a AFE e a URME. Sua biografia política entrelaça as lutas das mulheres com as lutas anticapitalistas, antifascistas, antirracistas e anti-imperialistas.
Nós, uma rede de instituições de pesquisa que vem analisando de perto as crises de longo prazo derivadas da austeridade neoliberal, os regimes de dívida induzida e o mau desenvolvimento, produzimos um conjunto de políticas com o objetivo de estabelecer uma nova ordem mundial. Nosso plano, inspirado nos alinhamentos da Nova Ordem Econômica Internacional (NOEI) propõe uma visão para o presente e o futuro imediato centrada em doze temas chave: democracia e ordem mundial, meio ambiente, finanças, saúde, moradia, alimentação, educação, trabalho, assistência social, mulheres, cultura e mundo digital
O Boletim de Arte Tricontinental de agosto revisita o poema de Langston Hughes de 1937, “Ruja, China!”, destacando sua mensagem antifascista e conexões entre as lutas globais. Antes disso, a influente peça de Sergei Tretyakov de mesmo nome teve impacto transcontinental. Em meio ao crescente neofascismo hoje, destacamos artistas contemporâneos como Túlio Carapiá e Clara Cerqueira, que resistem por meio de uma arte poderosa e compartilham os insights feministas de Luciléia da Silva Vieira desafiando a extrema direita do Brasil.
At Fire Hour, de Barry Gilder, explora as vidas interligadas de artistas e ativistas durante a luta anti-apartheid da África do Sul. O romance é centrado em Bheki, um poeta treinado pelo uMkhonto weSizwe, misturando eventos reais e figuras como Alex La Guma e Thami Mnyele. Em nosso Boletim de Arte de julho, Gilder, um ativista que virou embaixador, destaca o papel revolucionário da arte. Refletindo sobre as promessas não cumpridas da democracia na África do Sul, Gilder permanece otimista sobre os movimentos anticapitalistas globais. O Boletim de Arte de julho celebra artistas revolucionários que inspiram compromisso político contínuo.
A militarização do Pacífico liderada pelos EUA, e cujo alvo é a China, se intensifica. Os exercícios militares Rimpac em curso contam com 25 mil militares de 29 países.
No Boletim de Arte Tricontinental de junho de 2024, celebramos a resistência cultural duradoura do povo congolês. Inspirado na crença de Amílcar Cabral, em que as massas são os verdadeiros criadores da cultura, o coletivo de artistas do Centre Culturel Andrée Blouin em Kinshasa explora temas de resistência e soberania. Por meio de obras de arte colaborativas, eles homenageiam as lutas históricas e inspiram a juventude de hoje.
Este boletim analisa os poderosos painéis de Hiroshima de Iri e Toshi Maruki, que apelam à memória e à ação. O poder das imagens para despertar emoções é especialmente pungente no contexto dos protestos dos estudantes nas universidades, sublinhando o papel da arte na promoção do internacionalismo.
Esta edição do Boletim de Arte Tricontinental apresenta a exposição “MST 40 anos”, lançada recentemente na ocasião dos 40 anos do MST. Além disso, em comemoração ao Dia dos Prisioneiros Palestinos, prestamos homenagem a Walid Daqqah (1962-2024), um dos prisioneiros palestinos da ocupação israelense que passou mais tempo na prisão e morreu em 7 de abril de 2024 devido a um câncer e a negligência médica.