À luz da pandemia global, coloquemos a vida antes do capital
Italiano, Melayu, Elliniká
Assembleia Internacional dos Povos e Instituto Tricontinental de Pesquisa Social
Introdução
A pandemia global causada pelo vírus SARS-CoV-2 e pela doença Covid-19 paralisou boa parte do mundo. Neste contexto, no último dia 21 de março, lançamos uma Declaração que é tanto um pedido a todos os povos do mundo para que coloquem a vida antes do capital, como também, um documento que propõe a abertura de um debate sobre uma plataforma política internacional com 16 propostas concretas de ações para confrontarmos a pandemia.
A Declaração foi lançada conjuntamente pela Assembleia Internacional dos Povos (AIP) – articulação internacional de movimentos e organizações anti-imperialistas de 87 países – e pelo Instituto Tricontinental de Pesquisa Social. Desde então temos convidado organizações e indivíduos a assinar a Declaração.
Até o momento, recebemos um total de 479 adesões de 70 países de todos os continentes, sendo 8 articulações internacionais, 233 organizações e 238 pessoas, principalmente intelectuai.
A reação das pessoas à Declaração é muito positiva. Indica que há uma grande vontade popular de dar respostas concretas à pandemia a partir de profundas mudanças no sistema capitalista, neoliberal e patriarcal. Este é o sistema em que vivemos, esta é a raiz da crise econômica e da destruição dos sistemas públicos de proteção social e sanitária. Esta crise existe bem antes da pandemia e que se agrava ainda mais as condições de vida das e dos trabalhadores dadas as taxas crescentes de contágio e de letalidade desta doença.
Também recebemos importantes contribuições e perguntas relacionadas aos 16 pontos da Declaração. Sistematizamos algumas delas a seguir, pois consideramos que estes aspectos são essenciais para seguirmos avançando na construção destas propostas:
- O covid-19 atinge brutalmente as questões de gênero. Portanto, este é um tema central para nossa avaliação do impacto do covid-19 na vida das pessoas, como de qualquer marco político da esquerda que dele surja.
- No campo da saúde em si, três quartos dos trabalhadores da linha de frente são mulheres, muitas das quais trabalham sem proteção sindical, equipamentos de proteção e qualquer papel de liderança em suas áreas. Colocamos sobre a mesa a importância da construção de poder para as mulheres trabalhadoras.
- No confinamento ao redor do mundo, como resultado da perversa realidade de que o trabalho de cuidados está sobre os ombros das mulheres, os papéis patriarcais de gênero ficam ainda mais explícitos. Acreditamos fundamentalmente que a concepção patriarcal de “trabalho masculino” e “trabalho feminino” deve ser desafiada e que sejam estabelecidas estruturas – como o cuidado infantil universal e a luta pela equidade dentro do lar – para que tais distinções sejam superadas.
- Já há evidências de um aumento da violência doméstica durante a quarentena, onde as principais vítimas são mulheres, especialmente mulheres pobres, trabalhadoras e negras. Exortamos todos os povos do mundo a denunciar e combater a violência, exigindo do Estado a proteção jurídica, social, psicológica e econômica de todas as mulheres vítimas de violência.
- A questão do complexo Dólar-Wall Street. Fizemos um chamado para que as Nações Unidas repensem a questão de o dólar em ser essencial como moeda fiduciária global. Com isso, o que queremos discutir aqui é o problema da dominação dos Estados Unidos e Estados europeus no que diz respeito às instituições financeiras para o comércio e desenvolvimento, como as redes bancárias, as redes de transferência de dinheiro, as agências de rating ou a moeda utilizada para conciliar o comércio internacional. Queremos defender que essa arquitetura institucional precisa ser democratizada, com a existência de sistemas financeiros verdadeiramente internacionais, tanto para o desenvolvimento quanto para o comércio.
- Colonialismo e neocolonialismo. Apesar da descolonização, os Estados que se tornaram independentes recentemente lutam contra falta de capital e de investimentos. Tiveram que pedir empréstimos às antigas potências coloniais e o resultado foi o aumento das dívidas. Quando tentam financiar suas dívidas, a resposta que recebem das antigas metrópoles é de que devem “ajustar estruturalmente” sua política governamental para favorecer o capital internacional em vez de atender as necessidades sociais de sua população. É preciso que tenhamos o compromisso com as reparações coloniais – agindo contra a pilhagem promovida pelas metrópoles, da vasta quantidade de recursos roubados dos estados antes colonizados –, com novas propostas para sanear as dívidas tóxicas e conseguir novos financiamentos.
Finalmente, não podemos deixar de mencionar que a pandemia esclareceu algo sobre as ordens sociais em que vivemos: por um lado, os Estados de orientação socialista (China, Cuba, Venezuela) mobilizaram todos os recursos de que dispunham – independentemente das perdas econômicas – para conter a pandemia; os Estados da ordem burguesa falharam completamente em sequer utilizar seus consideráveis recursos e muito menos chegaram a preparar um plano racional para isso (as taxas de mortalidade da Itália e dos Estados Unidos são catastróficas, um crime político contra a humanidade).
O exemplo do povo venezuelano, do povo cubano e do povo chinês enchem nossos corações de esperança de que outro mundo é possível, onde as relações entre os povos se baseiam na solidariedade, integração, cooperação e complementariedade, como sonhavam Che Guevara, Fidel Castro, Hugo Chávez, Berta Cáceres e outras e outros internacionalistas que nos precederam.
Declaração
Estamos em uma guerra real que exige mobilizar todos os esforços e, acima de tudo, colocar a vida e não os lucros em primeiro lugar. Só venceremos esta guerra – como a China já fez – se tivermos unidade e disciplina popular, se os governos ganharem nosso respeito por suas ações e se agirmos em solidariedade em todo o mundo.
A dívida global é de US$ 250 trilhões, parte dela corresponde a uma dívida corporativa enorme. Por outro lado, existem trilhões de dólares aplicados de forma especulativa nas bolsas de valores e paraísos fiscais. Na medida em que a atividade econômica seja reduzida, as empresas farão fila para serem resgatadas. Este não é o melhor uso dos valiosos recursos da humanidade neste momento. No meio disso, manter os mercados financeiros abertos é um fracasso da imaginação. A queda no valor das bolsas de valores, de Hang Seng a Wall Street, é simplesmente uma maneira de intensificar a ansiedade da sociedade global, uma vez que a saúde da bolsa de valores sempre foi vista, erroneamente, como um indicador de saúde econômica em geral.
Estão em marcha quarentenas e suspensões de atividades a longo prazo em boa parte do mundo, tanto na Europa e na América do Norte, como também cada vez mais na África, Ásia e América Latina. A atividade econômica já começou a parar. Não é possível fazer estimativas de perdas líquidas, e mesmo as principais instituições internacionais estão ajustando suas estimativas diariamente. Um estudo da UNCTAD de 4 de março, por exemplo, antecipou que a desaceleração do setor na China perturbaria a cadeia de suprimentos global e diminuiria as exportações em US$ 50 bilhões. Esta é apenas uma parte das perdas de um total que, no momento, é incalculável.
O FMI prometeu usar US $ 1 trilhão para ajudar os países a evitar desastres econômicos. Cerca de vinte países já solicitaram assistência ao Fundo. O Irã, que ficou longe do FMI nas últimas três décadas, agora pediu sua ajuda. Seria uma valorosa mudança na política da instituição, sem precedentes na história, se não fosse pela vergonhosa negação em ajudar o povo venezuelano com o pretexto de não reconhecer o governo. O FMI não deve exigir ajustes ou condições para fornecer esses empréstimos. A recusa de um empréstimo à Venezuela é um sinal de um grande fracasso político do FMI.
A solidariedade internacional da China e de Cuba é exemplar. Médicos chineses e cubanos estão no Irã, na Itália e na Venezuela e ofereceram seus serviços e experiências em todo o mundo. Eles desenvolveram medicamentos e tratamentos médicos que reduzem a taxa de mortalidade de pessoas afetadas pelo Covid-19 e querem distribuí-los aos povos do mundo sem patentes ou lucros. O exemplo dos chineses e cubanos neste período deve ser levado a sério; graças a este exemplo, em meio a esta pandemia do coronavírus é mais imaginar o socialismo do que viver sob o cruel regime do capitalismo.
Os países europeus, atual foco da pandemia, veem seus enfraquecidos sistemas de saúde entrarem em colapso após décadas de subfinanciamento e austeridade neoliberal. Os governos europeus, assim como o Banco Central Europeu e a União Europeia, concentram grande parte de seus recursos na tentativa de proteger o setor financeiro e empresarial de um desastre econômico que certamente acontecerá. A adoção de tímidas ações para tentar fortalecer as capacidades dos Estados diante da crise – renacionalizações pontuais, controle público temporário dos prestadores de serviços de saúde – ou medidas paliativas – como isenções limitadas do pagamento de aluguéis e hipotecas domésticas – não representam um compromisso firme com as garantias básicas de trabalho e saúde para a classe trabalhadora que está mais exposta aos efeitos devastadores da pandemia: trabalhadores da saúde, mulheres encarregadas pelos cuidados, funcionários de empresas de distribuição de alimentos, serviços básicos, etc.
Isto é um repúdio parcial das receitas neoliberais que foram aplicadas em muitos países e dominaram o mundo nos últimos 50 anos. O FMI deve levar isso em conta, já que participou ativamente da espoliação de recursos na África, Ásia e América Latina e na criação de desertos institucionais em vários países. O fortalecimento dos Estados e a redistribuição da riqueza em nome da grande maioria é uma orientação que deve ser construída globalmente.
Os cientistas dizem que a batalha decisiva contra o vírus pode seguir pelos próximos 30 ou 40 dias. É por isso que é essencial que cada país e cada governo tome medidas para evitar a morte de milhares de pessoas.
Os movimentos populares, sindicatos e partidos que compõem a Assembleia Internacional dos Povos colocam-se à disposição para formular e debater um programa de mudança estrutural que nos permita vencer esta luta e reconfigurar o mundo:
- Suspensão imediata de todos os tipos de trabalho, com exceção do setor médico e logístico essencial e dos funcionários necessários para produzir e distribuir alimentos e artigos de necessidades básicas, sem nenhuma perda de salário. O Estado deve arcar com o custo dos salários durante o período de quarentena.
- Os serviços de saúde, abastecimento de alimentos e segurança pública devem continuar funcionando de maneira organizada. As reservas de grãos de emergência devem ser imediatamente liberadas para distribuição entre os pobres.
- Todas as escolas devem suspender as aulas.
- Socialização imediata de hospitais e centros médicos, para que não tenham que se preocupar com seus lucros à medida que a crise se desenvolve. Esses centros médicos devem estar sob o controle de uma coordenação centralizada da campanha de saúde do governo.
- Nacionalização imediata das empresas farmacêuticas e cooperação internacional imediata entre elas para encontrar uma vacina mais simples e dispositivos para testes mais simples. Eliminação da propriedade intelectual no campo da medicina.
- Fazer o exame do coronavírus em todas as pessoas. Mobilização imediata de kits de teste, recursos e apoio às equipes médicas que estão à frente desta pandemia.
- Aceleração imediata da produção de materiais necessários para enfrentar a crise (kits de teste, máscaras, respiradores).
- Fechamento imediato dos mercados financeiros mundiais.
- Arrecadação imediata de recursos para evitar a falência dos governos.
- Anulação imediata de todas as dívidas não corporativas.
- Fim imediato de todos os pagamentos de aluguel e hipoteca, bem como fim de despejos. A moradia decente deve ser um direito para todos os cidadãos e deve ser garantido pelos Estados nacionais.
- Acesso de toda a população a serviços básicos como água, eletricidade e comunicações, uma vez que são direitos básicos. Absorção imediata de todos os pagamentos por serviços públicos pelo Estado: água, eletricidade e internet assumidos como direitos humanos.
- Fim imediato do criminoso regime de sanções unilaterais que afetam países como Cuba, Irã e Venezuela e os impedem de importar os suprimentos médicos necessários.
- Apoio urgente aos camponeses para aumentar a produção de alimentos saudáveis e fornecê-los ao governo para sua distribuição direcionada.
- Suspensão do dólar como moeda internacional e exigir das Nações Unidas para que convoquem com urgência uma nova conferência internacional para propor uma moeda internacional comum.
- Garantir uma renda básica universal em todos os países. Isto possibilita garantir o apoio do Estado a milhões de famílias que estão desempregadas, trabalhando em condições extremamente precárias ou por conta própria. O atual sistema capitalista exclui milhões de pessoas de empregos formais. O Estado deve proporcionar emprego e uma vida digna para a população. O custo da renda básica universal pode ser coberto pelos orçamentos de defesa, em particular as despesas destinadas a armas, munições e outras aquisições de equipamentos bélicos.
ADESÕES:
PLATAFORMAS INTERNACIONAIS
- Assembleia Internacional dos Povos
- Instituto Tricontinental de Pesquisa Social
- ALBA Movimientos – Articulación Continental de Movimientos Sociales y Populares hacia el ALBA
- Central Governing Council of the Red Nation
- Delphi Initiative for Defending Democracy
- La Vía Campesina
- Marcha Mundial das Mulheres
- Red de Intelectuales y Artistas en Defensa de la Humanidad
ÁFRICA
- Organizações
- África do Sul – Abahlali BaseMjondolo
- África do Sul – Economic Research on Innovation – Tshwane University of Technology
- África do Sul – NUMSA – National Union of Metalworkers of South Africa
- África do Sul – SRWP – Socialist Revolutionary Workers Party
- Gana – SFG – Socialist Forum of Ghana
- Quênia – Revolutionary Socialist League
- Tanzânia – TASOFO – The Tanzania Socialist Forum
- Uganda – Ruth Fund – Rural Women and Youth Fund Uganda
- Zâmbia – Socialist Party of Zambia
- Zâmbia – Young Cheetahs Movement
- Zimbábue – SPZ – Socialist Platform of Zimbabwe
- Zimbábue – UFAWUZ – The United Food and Allied Workers Union of Zimbabwe
- Indivíduos
- África do Sul – Antonater Tafadzwa Choto
- África do Sul – Ebrahim Ghoor
- África do Sul – Rasigan Maharajh
- Nigéria – Minna Salami, writer
- Zâmbia – Macleod Lunkoto
- Zimbábue – Ady Mutero
AMÉRICAS
- Organizações
- Argentina – Colectivo Teología de la Liberación Pichi Meisegeier
- Argentina – Federación de Inquilinos Nacional
- Argentina – Frente Patria Grande
- Argentina – Frente Popular Dario Santillán
- Argentina – GEAL – Grupo de Estudios sobre América Latina y el Caribe – UBA
- Argentina – IEALC – Instituto de Estudios de América Latina y el Caribe – UBA
- Argentina – Movimiento Popular la Dignidad
- Argentina – OLP – Resistir y Luchar
- Argentina – Red de Intelectuales y Artistas en Defensa de la Humanidad – Capítulo Argentina
- Argentina – Vamos
- Brasil – Articulação Por uma Educação do Campo, Indígena e Quilombola no Semiárido Mineiro
- Brasil – CEBRAPAZ – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz
- Brasil – CMP – Central de Movimentos Populares do Brasil
- Brasil – CNM/CUT – Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT
- Brasil – Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba
- Brasil – CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
- Brasil – CUT – Central Única dos Trabalhadores
- Brasil – Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito do Brasil
- Brasil – FUP – Federação Única dos Petroleiros
- Brasil – IPDMS – Instituto de Pesquisa Direito e Movimentos Sociais
- Brasil – Levante Popular da Juventude
- Brasil – MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
- Brasil – MAM – Movimento pela Soberania Popular na MIneração
- Brasil – Marcia Sanches Venturi
- Brasil – MCP – Movimento Camponês Popular
- Brasil – MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores
- Brasil – MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
- Brasil – MTD – Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos
- Brasil – NESAF – Núcleo de Estudos em Agricultura Familiar da UFSM
- Brasil – Via Campesina Brasil
- Canadá – People’s Health Movement
- Chile – Fundación Constituyente XXI de Chile
- Colômbia – CEISAFROCOL – Centro de Estudios e Investigaciones Sociales Afrocolombianas
- Colômbia – CIPAZ – Fundacion Ciudadanía Integral para la Paz
- Colômbia – Congreso de los Pueblos
- Colômbia – Coordinadora Política y Social Marcha Patriótica
- Cuba – Centro Martin Luther King
- Equador – ABPTAI – Asociación Bolivariana de Productores Textiles y Afines
- Equador – ACCUMHB – Asociación Civil de Comerciantes Unidos del Mercado Bolivariano la Hoyada
- Equador – ALBA Movimientos- Capítulo Ecuador
- Equador – FEDAEPS – Fundación de Estudios, Acción y Participación Social
- Equador – MEAB – Movimiento Ecuatoriano Alfarista Bolivariano
- Equador – MIREDES Internacional
- Equador – Movimiento Jubileo 2000 Red Ecuador
- Equador – Red de Intelectuales y Artistas en Defensa de la Humanidad – Capítulo Ecuador
- Equador – Red de Mujeres Transformando la Economía – Ecuador
- Estados Unidos – (Fem)Power
- Estados Unidos – AFROAMERICAS Network
- Estados Unidos – ANSWER Coalition – Act Now to Stop War and End Racism
- Estados Unidos – Anti-Racist Action Los Angeles
- Estados Unidos – Asian Communities Together
- Estados Unidos – Border Agricultural Workers
- Estados Unidos – Code Pink
- Estados Unidos – Committees of Correspondence for Democracy and Socialism (CCDS)
- Estados Unidos – Community Movement Builders
- Estados Unidos – Dream Defenders
- Estados Unidos – Earth Evolution
- Estados Unidos – Facilitating Thriving
- Estados Unidos – Four Winds American Indian Council Denver
- Estados Unidos – Global Justice Ecology Project
- Estados Unidos – Massachusetts Committees of Correspondence for Democracy and Socialism
- Estados Unidos – Mississippi Immigrants’ Rights Alliance
- Estados Unidos – PEP – Popular Education Project
- Estados Unidos – Put People First – Pennsylvania
- Estados Unidos – PWF – The Perennial Wisdom Foundation
- Estados Unidos – Southern Anti-Racism Network
- Estados Unidos – Unión de Vecinos
- Estados Unidos – University of the Poor
- Estados Unidos – Vermont Worker’s Center
- Guatemala – APSM – Alianza Política Sector de Mujeres
- Guatemala – Asamblea Social y Popular
- Guatemala – CUC – Comité de Unidad Campesina
- Guatemala – Fundación Guillermo Toriello
- Guatemala – FUNDEBASE – Fundación para el Desarrollo y Fortalecimiento de las Organizaciones de Base
- Guiana – Red Thread
- Haiti – Association Tèt Kole
- México – Comité 68 Pro Libertades Democráticas
- México – Comité de Solidaridad Mons. Romero
- México – Coordinadora de Pueblos en Defensa del Río Atoyac – Veracruz
- México – Frente Popular Francisco Villa
- México – Jóvenes ante la Emergencia Nacional
- México – MLN – Movimiento de Liberación Nacional
- México – Movimiento de Solidaridad Nuestra América
- México – Mujeres para el Diálogo
- México – Nueva Constituyente Ciudadana Popular
- México – Nuevo País
- México – SICSAL – Servicio Internacional Cristiano de Solidaridad con los Pueblos de América Latina
- Nicarágua – UCANS – Unión de Cooperativas Agropecuarias del Norte de Las Segovias R.L.
- Panamá – Confederación Nacional de Unidad Sindical Independiente
- Panamá – Frente Amplio por la Democracia
- Panamá – Frente Estudiantil FER 29
- Panamá – Frente Nacional por la Defensa de los Derechos Económicos y Sociales
- Panamá – Movimiento Comunal Nacional Federico Britton
- Panamá – Sindicato Único Nacional de Trabajadores de la Industria de la Construcción y Similares
- Panamá – Union Campesina Panameña
- Peru – Acción Política Socialista
- Peru – Juventud Comunista Patria Roja
- Peru – La Junta
- Peru – Movimiento Comunitario Alfa y Omega
- Peru – Mundo Verde
- Peru – Norte Progresista
- Peru – Todas Somos Micaelas
- Porto Rico – COMUNA Caribe de Puerto Rico
- Uruguai – Izquierda en Marcha – Frente Amplio
- Venezuela – Colectivo Diversidad UBV
- Venezuela – Comuna Cacique Guaracarima
- Venezuela – Consejo comunal “Acacias IV”
- Venezuela – Consejo Presidencial de Gobierno Popular de Comunas
- Venezuela – Corriente Revolucionária Bolivar y Zamora
- Venezuela – CTC – Coalición de Tendencias Clasistas
- Venezuela – Equipo Coordinador del FPC-UNASUR VENEZUELA
- Venezuela – Equipo de Terra TV
- Venezuela – Escuela Popular y Latinoamericana de Cine, Televisión y Teatro
- Venezuela – Frente Bicentenario de Mujeres 200
- Venezuela – Frente Francisco de Miranda
- Venezuela – Fundación O’Leary
- Venezuela – Izquierda Unida Venezuela
- Venezuela – Movimiento de Mujeres por la Vida
- Venezuela – Movimiento de Pobladoras y Pobladores
- Venezuela – Organización Social Sures
- Venezuela – Plataforma de Lucha Campesina
- Venezuela – Semanario por Ahora, medio alternativo venezolano
- Venezuela – Surgentes – Colectivo de DDHH
- Indivíduos
- Argentina – Alberto Rabilotta, periodista internacional
- Argentina – Atilio Boron, escritor
- Argentina – Claudio Katz, académico
- Argentina – Cristina Mancini
- Argentina – Damian Loreti
- Argentina – José Javier Capera Figueroa, director de la Revista FAIA
- Argentina – Marcos Teruggi, periodista
- Argentina – Mario Hernandez, periodista y escritor
- Argentina – Norberto Alayón, profesor de la UBA
- Argentina – Patricio Germán Lo Prete
- Argentina – Paula Klachko, socióloga
- Argentina – Rafael Villegas
- Argentina – Stella Calloni, periodista
- Bolívia – Hugo Moldiz, periodista
- Brasil – Alonso Bezerra de Carvay, UNESP
- Brasil – Ana Raquel
- Brasil – Andrea Foresti Lanzoni
- Brasil – Andréa Pinto Lucas de Oliveira, teacher
- Brasil – Aniura Milanés Barrientos, académica
- Brasil – Bluette Fortes Santa Clara
- Brasil – Breno Bringel, profesor de la UERJ
- Brasil – Carlos Alberto (Beto) Almeida, periodista
- Brasil – Carmen Lúcia Diniz dos Santos
- Brasil – Daniel Lima Costa Muniz
- Brasil – Daniele Melo da Costa
- Brasil – Edmerson dos Santos Reis, professor da UNEB
- Brasil – Jamil Murad
- Brasil – Leonardo Nogueira, professor
- Brasil – Luís Costa, periodista
- Brasil – Lumie de Oliveira Zanazi
- Brasil – Marcia Sanches Venturi
- Brasil – Marco Alexandre de Souza Serra
- Brasil – Maria Alice Motta
- Brasil – Mariana Lacerda Gonçalves, cineasta
- Brasil – Marilia Guimaraes, escritora
- Brasil – Nadia Bambirra, Directora audiovisual
- Brasil – Olivia Gonçalves Janequine
- Brasil – Palloma Dreher Farias
- Brasil – Paula Marcelino, socióloga
- Brasil – Raissa Almeida Corbagi
- Brasil – Sirio López Velasco, filósofo y docente universitário
- Brasil – Tamara Siemann Lopes, economista
- Brasil – Thiago Barison de Oliveira
- Brasil – Vanessa Witcel Homerding
- Brasil – Vicente Aurelio Laner
- Brasil – Wálmaro Paz, periodista
- Canadá – Arnold August, escritor
- Canadá – Claudia Chaufan
- Canadá – Errol Sharpe
- Canadá – Peter Gose
- Chile – Andrés Figueroa Cornejo, periodista
- Chile – Esteban Silva
- Chile – Florencia Lagos, promotora cultural
- Chile – Javiera Olivares, periodista
- Chile – Pablo Sepúlveda Allende, médico y activista social
- Colômbia – Aura Molano
- Colômbia – Jorge Eliecer Carrillo Espinosa
- Colômbia – Juan Alberto, periodista
- Costa Rica – Carlos Madrigal Tellini
- Costa Rica – Etienne Somogyi
- Cuba – Ángel Guerra, escritor
- Cuba – Ariana López, filósofa
- Cuba – Enrique Ubieta, ensayista e investigador
- Cuba – Fernando León Jacomino, poeta y crítico teatral
- Cuba – Omar González, escritor
- Equador – Ana María Larrea, socióloga
- Equador – Andrés Arauz, economista
- Equador – Argentina Chiriboga
- Equador – Cachito Vera, gestor cultural
- Equador – Carlos Viteri, político
- Equador – Cristian Orosco, economista
- Equador – David Chávez, sociólogo
- Equador – Erika Silva, socióloga
- Equador – Fidel Narváez, diplomático
- Equador – Gabriela Córdova Brito
- Equador – Gabriela Rivadeneira, política
- Equador – Galo Chiriboga, abogado
- Equador – Galo Mora, escritor y político
- Equador – Ilonka Vargas, artista
- Equador – Irene Léon, socióloga
- Equador – Jenny Londoño, escritora
- Equador – Jorge Nuñez, historiador
- Equador – José Agualsaca, legislador
- Equador – José Regato, escritor
- Equador – Juan Paz y Miño, historiador
- Equador – Julio Peña y Lillo, sociólogo
- Equador – Kintto Lucas, periodista
- Equador – Luis Nawel, gestor cultural
- Equador – Marco Antonio Pintado López
- Equador – Mario Ramos, sociólogo
- Equador – Melania Mora, economista
- Equador – Miguel Ruiz, economista
- Equador – Omar Ospina, periodista
- Equador – Orlando Pérez, periodista
- Equador – Oscar Bonilla, político
- Equador – Osvaldo León, periodista
- Equador – Pablo Guayasamin, gestor cultural
- Equador – Pavel Eguez, pintor y muralista
- Equador – Pedro Páez, economista
- Equador – Pedro Sassone, sociólogo
- Equador – Pilar Bustos, artista
- Equador – Rafael Quintero, sociólogo
- Equador – Ricardo Patiño, economista
- Equador – Ricardo Sánchez, economista
- Equador – Ricardo Ulcuango, dirigente indígena y diplomático
- Equador – Sally Burch, periodista
- Equador – Tania Hermida, cineasta
- Equador – Xavier Lasso, periodista
- Estados Unidos – Adán García
- Estados Unidos – Alicia Jrapko, activista social
- Estados Unidos – Catherine Liu, professor
- Estados Unidos – Dakotah Lilly, member of Students and Youth for a new America
- Estados Unidos – Don Mee Choi
- Estados Unidos – Eric Patel, artist and organizer living
- Estados Unidos – Gloria Osborne Springwater
- Estados Unidos – Marie-Josée Lavallée
- Estados Unidos – Patricia Rodney
- Estados Unidos – Paul Edwards
- Estados Unidos – Phil Nichols
- Estados Unidos – Rose M. Brewer, professor
- Estados Unidos – Steven Sugarman
- Estados Unidos – Vickiana Valdez
- Guatemala – Héctor Alfredo Nuila Ericastilla, médico
- Haiti – Camille Chalmers, economista
- Honduras – Anarella Vélez, escritora
- Honduras – Gilberto Ríos, dirigente social
- Honduras – José Antonio Carballo
- México – Alfonso Anaya
- México – Angeles González
- México – Bertha Vallejo
- México – Carmen Mendoza
- México – Claudia Sandoval
- México – Cristina Steffen
- México – Elizabeth Alejandre
- México – Felipe Echenique March, historiador
- México – Fernando Buen Abad, filósofo
- México – Gabriela Hernández
- México – Gilberto López y Rivas, profesor investigador
- México – Graciela Tapia
- México – Héctor Díaz Polanco, antropólogo
- México – Hildelisa Preciado
- México – Julieta Paula Mellano
- México – Leonor Aída Concha
- México – Leticia Gutiérrez
- México – Lourdes del Villar
- México – Luis Hernández Navarro, periodista
- México – Lylia Palacios
- México – María Elena López
- México – Mariana Gómez
- México – Maricarmen Montes
- México – Marisa Rodríguez
- México – Martín Hernández
- México – Nayar López, académico
- México – Norberto Pérez
- México – Roberto Benavides
- México – Rosa Barranco
- México – Teresa Olvera
- México – Walter Martínez
- Paraguai – Ricardo Flecha, cantautor
- Peru – Andrés Luna Vargas
- Peru – Hildebrando Pérez Grande, poeta
- Peru – Juan Panay
- Peru – Leonel Falcón Guerra, vocero político
- Uruguai – Antonio Elías, economista
- Uruguai – Gabriela Cultelli, economista
- Uruguai – Luna Zurdo Ríos
- Venezuela – Arthur Rondón
- Venezuela – Carmen Bohórquez, historiadora
- Venezuela – Cecilia Todd
- Venezuela – Geraldina Colotti, periodista y escritora
- Venezuela – Gisela Gomez
- Venezuela – Glenys Nahomi Palomares Mendoza
- Venezuela – Gustavo Rafael Sanoja Flores, diputado regional
- Venezuela – Ismael Morales, diputado de la ANC
- Venezuela – Iván Torcat
- Venezuela – José Alejandro Delgado Paiva
- Venezuela – José Félix Rivas Alvarado, economista, ex-director Banco Central
- Venezuela – José Rafael Núñez
- Venezuela – Luis Britto García, Escritor
- Venezuela – Luisana Millé Muñoz Martínez
- Venezuela – Molina Peñaloza
- Venezuela – Pasqualina Curcio, economista
- Venezuela – Pedro Calzadilla, historiador
- Venezuela – Rafael Febles Fajardo
- Venezuela – Sergio Arria, productor audiovisual
- Venezuela – Thierry Deronne
ÁRABE-MAGREB
- Organizações
- Argélia – National Committee to Defend the Rights of the Unemployed
- Egito – SPA – Socialist People’s Alliance Party
- Iraque – General Federation of Syndicates
- Iraque – Information Centre for Research and Development
- Iraque – Iraq Social Forum
- Iraque – Workers-Communist Party of Iraq
- Jordânia – JCP – Jordanian Communist Party
- Jordânia – Jordanian Democratic Youth League
- Jordânia – Jordanian Democratic Youth Union UJDY
- Jordânia – Jordanian People’s Party
- Líbano – Lebanese Communist Party
- Marrocos – All for The Right to Health
- Marrocos – DW – Democratic Way
- Marrocos – Moroccan Association for Human Rights
- Marrocos – Moroccan Association of Progressive Women
- Marrocos – National Federation of The Agricultural Sector
- Marrocos – National University of Education Democratic Orientation
- Marrocos – Progressive Left Students
- Marrocos – The Women’s Sector of the Democratic Way
- Marrocos – Youth of the Democratic Way
- Mauritânia – CLTM – Free Confederation of Mauritanian Workers
- Mauritânia – Movement We Can
- Mauritânia – The Future Party
- Mauritânia – The Liberation and Emancipation of the Haratin Movement
- Palestina – DFLP – Democratic Front for the Liberation of Palestine
- Palestina – NADA – Palestinian Democratic Women Organization
- Palestina – Palestinian Democratic Youth Union
- Palestina – Palestinian Working Women Committees Union
- Palestina – PPP – Palestinian People’s Party
- Palestina – UAWC – Union of Agricultural Work Committees
- Palestina – UPWC – Union of Palestinian Women Committees
- Palestina – Youth of the Palestinian People’s Party
- Saara Ocidental – CODESA – Collective of Sahrawi Human Rights Defenders
- Síria – Alliance Syrian Women to activate Security Council Resolution 1325 in Syria
- Síria – CDF – Committees for the Defense of Democracy Freedoms and Human Rights in Syria
- Síria – ICWOSY – Syrian Institution for Care of Widows and Orphans Rights
- Síria – Syrian Youth alliance to Activate Security Council Resolution 2250
- Sudão – SCP – Sudanese Communist Party
- Tunísia – Democratic Patriots Unified Party
- Tunísia – Democratic Women’s Association
- Tunísia – Musawah Organization
- Tunísia – Nomad 08 Association
- Tunísia – Parti des Travailleurs/Tunisie
- Tunísia – The Democrat Patriots Youth Union
- Tunísia – The Socialist Democratic National Party – Tunisia
- Tunísia – Tunisian Human Rights League
- Tunísia – Union Communist Youth of Tunisia
- Indivíduos
- Tunísia – Khraifi Cherif
ÁSIA
- Organizações
- Bangladesh – Jatio Krishak Samity (National Peasant Organisation)
- Bangladesh – Jatio Sramik Federation (National Labour Federation)
- Bangladesh – Krishi Farm Sramik Federation
- Bangladesh – Nari Mukti Sangsad
- Bangladesh – Students Unity of Bangladesh
- Bangladesh – Workers Party of Bangladesh
- Bangladesh – Youth Unity of Bangladesh
- Filipinas – Bukluran ng Manggagawang Pilipino
- Filipinas – Laban ng Masa
- Filipinas – SANLAKAS
- Índia – All India Kisan Mahasabha
- Índia – Communist Party of India, Marxist-Leninist (Liberation)
- Índia – Food Sovereignty Alliance
- Índia – LeftWord Books
- Índia – PSF – Progressive Students’ Forum
- Indonésia – PRP – Partai Rakyat Pekerja (Working People’s Party)
- Malásia – PSM – Parti Sosialis Malaysia
- Nepal – Nepal Communist Party
- Papua Ocidental – AMP – Aliansi Mahasiswa Papua (The West Papua Student Alliance in One Comunity)
- Paquistão – Crofter Foundation,
- Paquistão – Labour Education Foundation
- Paquistão – Lahore Left Front
- Paquistão – Mazdoor Kisan Party
- Paquistão – Pakistan Kissan Rabta Committee
- Sri Lanka – Left Voice
- Sri Lanka – MOLAR – Movement for Land and Agricultural Reform
- Tailândia – Chulalongkorn University
- Timor Leste – CNRM – Conselho Nacional da Revolução Maubere
- Indivíduos
- Austrália – Madeleine Lawler
- Austrália – Tim Anderson, académico
- Índia – Hiren Gohain
- Índia – Karen Gabriel, professor in Delhi University
- Índia – Pratip Kumar Datta
- Índia – Ram Chandran
- Índia – Sangita Tanaji Ghodake, professor
- Índia – Sankar Krishnan
- Índia – Saumya Chakrabarti, professor of economics
- Índia – Sudhanva Deshpande
- Índia – Tabish Khair, professor
- Japão – Shinako Oyakawa
- Malásia – Jeevindran
- Nepal – Balaram Banskota, CCM, NCP and deputy chief of central department of Consumer Rights protection
- Nepal – Pramesh Pokharel, ICC member (youth) South Asia of La Via Campesina
- Sri Lanka – Anuka vimukthi de Silva-Amali Wedagedara
- Sri Lanka – Molnar
- Tailândia – Patchanee Kumnak – Labour activist – Socialist Workers Thailand
EUROPA
- Organizações
- Áustria – BOEM* Association for Art, Culture, Science and Communication
- Democratic Front for the Liberation of Palestine/Europe
- Eslovênia – raum AU
- Espanha – Asamblea Provincial Marchas de la Dignidad Ciudad Real
- Espanha – Asociación GOGARA
- Espanha – CUT – Colectivo Unitario de Trabajadores
- Espanha – Foro Pacifista de Ciudad Real
- Espanha – Intersindical de Aragon – CO.BAS
- Espanha – Intersindical Valenciana
- Espanha – Izquierda Unida
- Espanha – MDM – Movimiento Democrático de Mujeres
- Espanha – PCE – Partido Comunista de España
- Espanha – Plataforma de Usuarios y Pacientes em Defensa de la Sanidad Publica y del Hospital Universitario de Diego de León 62 en Madrid
- Espanha – REAS – Red de Economía Alternativa y Solidaria de Murcia
- Espanha – Red Roja
- França – News Net
- Itália – Potere al Popolo
- Noruega – LAG – Latin-amerikancan Group Norge
- País Basco – Centro de Estudios Francisco Bilbao
- Sérvia – Social Democratic Union
- Suíça – Bureau de Crise
- Chipre – Union of Cypriots
- Indivíduos
- Espanha – Ángeles maestro
- Espanha – Arantxa Tirado, politóloga
- Espanha – Cesar Ruiz Plaza
- Espanha – Gonzalo Vázquez Solana
- Espanha – Javier Couso, Militante político
- Espanha – Joan Manuel Cabezas, doctor in social anthropology
- Espanha – José Luis Centella, presidente do PCE
- Estônia – Jekaterina Saveljeva
- França – Hernando Calvo Ospina, periodista
- Grécia – Aliki Bonia
- Grécia – Aris Tolios
- Grécia – Martina Kaika
- Grécia – Panagiotis Morakis
- Ilhas Canárias – José (Pepe) Villalba Pérez
- Itália – Elena Hileg Iannuzzi
- Itália – Gianfranco Santoro
- Itália – Guido Schiozzi
- Itália – Laura Corradi, académica
- Itália – Leonardo Bargigli, assistant professor of Economics
- Itália – Mario Eustachio De Bellis
- País Basco – Katu Arkonada, politólogo
- País Basco – Roberto Muñoz Albuerno
- Reino Unido – Efstathia Filippaki
- Reino Unido – Joanna Hughes
- Reino Unido – Miroslav Spasov
- Reino Unido – Neil Singh, senior clinical teaching
- Reino Unido – Rajmil Fischman, emeritus professor in Keele University
- Rússia – Marcus Guest